Amanheço a cada lua.
É o brilho noturno que me acende
E sou mais que estrela.
Sou a mão do poeta que mira o céu,
Que faz do jogo de palavras um dossel
E deita neles seus sonhos
E conta lágrimas como gotas:
Se cristal, sal, amor, dissabor
Nunca se sabe.
Quem sente, nunca conta.
Quem vê, não sente: imagina.
E é poeta nesse instante
Porque faz da vida um livro aberto
Porque faz das horas todas
companheiras
Porque faz da noite inteira, alento
E eu posso ser a branca linha
Ou a palavra livre,
Mas quero ser manhã
E faço manha de menina
Amanheço quando anoitece
E ilumino aquelas suas horas
Que antes eram sombrias
Sou aurora à meia-noite
Por isso não conto o tempo
Mas danço pelos dias.
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