08/09/13
Calaram-se as
bocas
Secaram-se os
beijos.
Restaram-nos
os versos,
Os riscos nos
muros,
As promessas
loucas de vontade
De saírem da
tinta
E realizarem-se
no dia.
E as palavras
mudas,
(Quase letras
mortas)
Trouxeram à
tona seus segredos
Emergindo à
luz da aurora
Em tons de
confissão:
Já eram ditas
pelos olhares,
Já eram
reveladas pela dedicação,
Já eram
arrastadas pelo tempo.
(Oxalá, seja
verdade!)
Ah, e o
tempo...
As horas
desfolhadas em prosa,
E a vontade de
parar os ponteiros do relógio,
De calar o
cuco,
De conter a
areia.
Pelos muros,
marcou-se a letra.
Pelos versos,
escorreu-se o sentimento.
Pelo desejo,
eternidade.
Pela presença,
alegria.
Pela vida,
planos.
Pelo real,
utopia.
Pelos muros, nada
mais que rabiscos.
0 Comentários:
Postar um comentário