Visitas da Dy

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Manhã de Calmaria




Essa é aquela hora em que eu queria você por perto
É a hora em que invejo as mulheres que foram muito amadas.
Essa é a hora em que a cama fica larga,
A noite se faz mais fria,
O silêncio se torna ensurdecedor.
É agora que eu fechos os olhos  e consigo ver você:
O brilho dos seus olhos, de mistérios, cega a lua,
Faz eclipse
(Meus pensamentos são puras elipses.)
O desenho de seus lábios são palavras mudas,
Que me falam quando cala,
Que me prendem quando me beija.
Suas mãos já tão distantes, naquele tempo me aqueciam,
Agora me perdem.
Os meus braços buscam os seus como abrigo
E só encontram o vazio.
Que caia o véu da noite e me venha o dia
Que passem voando todas as horas,
Todas as vindas e idas,
Que eu tenha forças pra aguentar esse passar do tempo
Que não sei se demora, se fica ou se vai no vento,
Mas que me venha a alegria,
Seu riso, seu cheiro, entorpecedor,
Como o café fresco, em manhã de calmaria.


0 Comentários:

Postar um comentário