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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dama de Companhia





(Para ler ouvindo Erik Satie - Gymnopèdie nº1)




A madrugada se arrasta em silêncio
Faz de minha insônia sua companheira.
Traz á tona meus pensamentos,
Sufoca meu sono em uma agonia.
Já não há razão.
Ecos surdos soam em minha mente.
É um vazio preenchido de nada,
Ao mesmo tempo oco e denso.
Divago... de vago...  os instantes são foscos.
O escuro já me causou terror,
Hoje acostumei meus olhos com seu vazio.
Pensava estar dentro de um pesadelo,
Mas não desperto de meu torpor.
Faço de você, madrugada, minha dama de companhia
Danço entre serenos, esperando o raiar do dia.
Com o avançar das horas,
Acabo esquecendo essa melancolia.





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