Sobre os homens, o mundo, as bombas
E balas perdidas que acham pessoas.
Sobre não saber onde foram parar os
limites,
Onde está o bom-senso e a noção.
Sobre para onde foi a civilidade, a
gentileza, o cuidado.
Sobre ser ou não ser, matar (de rir?!)
ou morrer.
Sobre essas coisas que chamam
fronteiras, essas barreiras...
Tantas línguas que não se entendem e
fogem dos beijos
Sobre os dedos que não se acariciam,
As mãos que não se dão.
Sobre as preces não atendidas,
lamentações, orações.
Sobre as dúvidas acerca de Deus e
seus tantos nomes.
Sobre esses questionamentos que me
assombram,
A falta de sono, a madrugada que vai
alta, a lua que se encolhe.
Sobre a falta de tempo, a escassez de
sentimento.
Sobre tudo isso, meu Deus, sobra
tanta falta de resposta!
E o mundo se configura em roda viva,
cujo sangue jorra.
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