Invade-me, às vezes,
Um mar de melancolias.
Com ondas de espumas tão brancas
Que mais parecem salpicadas florezinhas.
O mar inunda-me,
Enche-me
E quase sufoca.
Sinto nessa hora
Vontades de chorar
Um choro liso, limpo, sincero.
Um choro incontido,
De sal grosso, cristalino,
Que me faz soluçar.
Que me liberta.
Que salva da agonia momentânea.
Que arde os olhos,
Queimando, como fogo, tudo o que
vejo.
Ah, mar de melancolias
Bem sei que sou eu quem verte o seu
sal.
Bem sei que é seu o meu consolo.
Bem sei que você sou eu
E que, como as suas ondas,
Tudo passará.
Inclusive eu.
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