Visitas da Dy

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Ao que se gerou



Nove luas se passaram
Nove mundos inventei
E em cada um deles o amei.
Destaquei seu nome sobre todo nome.
Escolhi a dedo cada letra,
Cada som que ecoaria em meus ouvidos
A canção mais linda.
Com um pincel delicado desenhei seus traços
Do verde profundo dos mares
Busquei seus olhos,
Mais valiosos que esmeraldas.
Para suas palavras, imaginei poesias,
Rimas ricas, livros raros,
Tesouros que guardei com cuidado.
Fiz de seus dedos meus versos,
De seus passos a inspiração,
Nenhuma delas capazes de representar
O meu amor em profusão,
O sublime e intocável sentimento
Que o fez brotar, primeiro em meus sonhos,
Depois em meu ventre.
Acolho-o, filho meu, com braços-ninho,
Aconchego, acalanto, pousio.
Guardo-o, filho meu, como joia,
Precioso presente, lampejos de futuro.
Gerei-o, filho meu, eternidade minha,
Príncipe de meus castelos,
E carrego o fardo de ter meu coração
Fora do peito,
Correndo serelepe pelo mundo.
Alegrando meus dias,

Chamando meu nome.

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