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domingo, 13 de julho de 2014

Madrugada


A madrugada é a casa das almas insones
O refúgio dos pensamentos inquietos,
O oásis de desejos nômades,
Ressequidos com as areias da ampulheta
Que nunca cessam, que nunca esperam.


A madrugada é fruta orvalhada
Para bocas famintas
Liberdade para as loucuras,
Asas para pés enraizados,
Calmaria para corações acelerados

A madruga é casa de veraneio
De quem se cansa em lutas diárias
E não descansa enquanto os outros dormem.
É o abrigo de palavras que nascem com o sol
E vê nela, a madrugada, sua tábua de salvação.

A madrugada é onde me perco
E me perdendo, me acho.
É quando cansada, não durmo
E descanso a alma atarantada,
E sacrifico o corpo no raiar de um novo dia.

A madrugada é amparo de agonias,
É sinfonia de suspiros,
É colheita de lágrimas,
Segredos e gemidos.
É a liberdade que chega, ainda que tardia.

1 Comentários:

Anônimo disse...

É na madrugada onde eu meu acho
não sei se sou rio ou riacho
isso pouco importa
afinal só quero seguir o curso dele
e não me preocupo onde vou desaguar

Jorge Reis

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