Visitas da Dy

sábado, 8 de março de 2014

Jornada



O que se sabe da jornada?
Qual será o nosso rumo, nosso caminho, nosso destino?
Para onde os pés irão?
Seguirão firmes e direitos ou vacilarão?
Acompanharão meus tantos pensamentos que voam soltos?
Estarei livre dos ecos que ressoam no oco de meu peito
Ou sou condenada a vagar pelas tantas dúvidas
Que pairam no ar do meu ser
Para cada escolha que fiz e ainda terei de fazer?
Seria minha cabeça um labirinto digno de Creta
Ou cada coisa que penso é um balão que flutua?
Cabe a mim lançar um olhar de Medusa ao Minotauro que me habita
Ou espero paciente pelo herói e seu fio-condutor?
Há um herói? Há um fio-condutor? Há quem nos ajude?
Só há um balão! Meus pensamentos são balões:
Estouram, murcham e se perdem no ar.
Teimo e os puxo pela linha,
Mas eles gostam de ir ao vento,
Desatentos, leves, incontinentes.
Por eles perco o sono, o tino, o trem.
Traço rotas de ir além, mas nem sempre os passos vão.
Deve ser o medo do desconhecido
Porque aqui no fundo, a pergunta se repete:
O que se sabe da jornada?
E fecho o elo voltando ao mesmo lugar

Se é que um dia saí de lá...

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