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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sabores


É pelo gosto das coisas
Que descubro o que amo
Do vermelho aze-do-ce do morango
Ao castanho quente do café.
Da cana que é de açúcar,
Interessa-me a água
– Refrescante? Não! Ardente!
A vida é doce demais, meu rapaz,
Para perder tempo em jogar mais branco-cristal-refinado.
Aproveito o dourado-caramelo
Natural como a luz do sol:
Derrete na boca como o sonho
De padaria,
De madrugadas,
De menina,
De amor.
Encho a boca de menta (lizando)
Bons ventos
E rio risos de licores
E vago entre algodão-doce(u)
Estrelado, imenso.
Sussurro poemas de vertigens
Em boca de maçã-vermelha-do-amor
Com pitada de canela:
Se não pode comigo,

Não meta sua colher em minha panela.

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