É pelo gosto das coisas
Que descubro o que amo
Do vermelho aze-do-ce do
morango
Ao castanho quente do
café.
Da cana que é de açúcar,
Interessa-me a água
– Refrescante? Não!
Ardente!
A vida é doce demais, meu
rapaz,
Para perder tempo em jogar
mais branco-cristal-refinado.
Aproveito o
dourado-caramelo
Natural como a luz do sol:
Derrete na boca como o
sonho
De padaria,
De madrugadas,
De menina,
De amor.
Encho a boca de menta (lizando)
Bons ventos
E rio risos de licores
E vago entre algodão-doce(u)
Estrelado, imenso.
Sussurro poemas de
vertigens
Em boca de maçã-vermelha-do-amor
Com pitada de canela:
Se não pode comigo,
Não meta sua colher em
minha panela.
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