Passamos pelas vidas,
Andamos em compassos.
Corremos contra o relógio
no fim de semana,
Aceleramos os ponteiros
nas quartas-feiras.
Abrimos nossos segredos,
diários revelados:
Jornal de domingo lido no
parque.
De repente um baque:
Não há mais vinho na taça.
A rede balança sozinha.
Sua mão não abre mais a
meia-taça
E o diário voltou a ser
fechado.
A distância entre nossos
dois corpos
Fica como à beira de um
abismo
Deixa de ser um passo,
Se assume o infinito.
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