Desde que
eu me entendo por gente que gosto de livros. Desde que me entendi como
compradora de livros, eu tinha um sonho: ir à Bienal do Livro.
Morando
em Juiz de Fora, sendo professora e tendo medo de andar sozinha pelo Rio de
Janeiro, nunca tinha me aventurado pela feira. Em 2011 isso mudou.
Eu me
mudei para o Rio e meu primeiro compromisso fixado na agenda com grande
expectativa foi a Bienal. Em 2011 lá estava eu: ansiosa, feliz, cheia de gás! Visitei
a minha primeira Bienal!
Em 2013
eu realizei outro sonho: escrever um livro! Junto com meus companheiros de
mestrado entrei na seara dos escritores. Juntos construímos um livro sobre
políticas públicas em educação. Conseguimos unir nossas pesquisas e sonhos que
se materializou em uma capa lilás linda.
Não era
tudo. Nosso lançamento oficial foi marcado para a XVI Bienal do Livro do Rio!
30 de agosto de 2013! Uau! Sexta-feira à tarde. Quem estaria lá? Todos os
pobres mortais costumam trabalhar nesse dia e horário, inclusive os
pobres-mortais-autores! Tudo bem. Sonho é sonho. Vamos lá!
Fiz,
emocionada, meu check-in como autora. Sem filas. Recebi um aceno de cabeça da
recepcionista que me disse “bem-vinda-autora”, como um robô. Agradeci, sai
orgulhosa com o meu crachá – também lilás – pendurado no pescoço.
Andar
pelas ruas da Bienal rumo ao stand de
lançamento foi incrível. A cada passo eu sentia o sonho se concretizando até
que cheguei e peguei, pela primeira vez o MEU LIVRO!
Que
cheiro de livro novo é tudo-de-bom eu já sei faz tempo. A novidade é que o
cheiro do livro da gente é melhor: parece que gruda, que enche os olhos de
lágrimas, que te faz maior, a gente sai um pouco de si mesma.
Minha capa
era lilás, meu crachá, lilás, a flor que recebi era lilás. Nesse dia 30 de
agosto, lilás foi a cor do meu sonho realizado.