Visitas da Dy

domingo, 23 de junho de 2013

Liberté


Separe-se da lua!
Deixe que os lobos se enamorem dela.
Rompa seus laços, como o dia rompe a noite.
Beba do próprio veneno e veja como é causar a dor.
Sinta seu sangue pelas veias e o veja cair no chão
Gota a gota.
Deixe o canto para os pássaros,
Deixe as luzes para as estrelas.
Sinta o vento que lhe corta a pele:
É tudo o que lhe restou.
Perca-se na névoa, como lama que vaga perdida.
Aprenda um pouco do que é ser profundo.
Coloque seu próprio dedo na ferida.
Veja que não é impossível,
Só é diferente,
Mais vazio,
Mais sozinho,
Mais frio.
Quando não lhe restar calor,
Quando perceber-se carta de um baralho não usado,
Quando o tempo parecer estagnado,
Pule!
Jogue-se no mar,
Solte-e no espaço,
Corte as amarras.
Vai doer e todos sabem disso.
Vai ser lento e só você irá sentir.
Vai ter cura com o que chamam de tempo.
Vai ser triste como todo adeus,
Mas corte as amarras
E aprenda a caminhas com seus próprios pés.
Aprenda a viver consigo mesmo.
Aprenda a voar com as suas asas:

Sua queda será também o seu impulso.

0 Comentários:

Postar um comentário