Separe-se da
lua!
Deixe que os
lobos se enamorem dela.
Rompa seus
laços, como o dia rompe a noite.
Beba do
próprio veneno e veja como é causar a dor.
Sinta seu
sangue pelas veias e o veja cair no chão
Gota a gota.
Deixe o canto
para os pássaros,
Deixe as luzes
para as estrelas.
Sinta o vento
que lhe corta a pele:
É tudo o que
lhe restou.
Perca-se na
névoa, como lama que vaga perdida.
Aprenda um
pouco do que é ser profundo.
Coloque seu
próprio dedo na ferida.
Veja que não é
impossível,
Só é
diferente,
Mais vazio,
Mais sozinho,
Mais frio.
Quando não lhe
restar calor,
Quando perceber-se
carta de um baralho não usado,
Quando o tempo
parecer estagnado,
Pule!
Jogue-se no
mar,
Solte-e no espaço,
Corte as
amarras.
Vai doer e
todos sabem disso.
Vai ser lento
e só você irá sentir.
Vai ter cura
com o que chamam de tempo.
Vai ser triste
como todo adeus,
Mas corte as
amarras
E aprenda a
caminhas com seus próprios pés.
Aprenda a
viver consigo mesmo.
Aprenda a voar
com as suas asas:
Sua queda será
também o seu impulso.
0 Comentários:
Postar um comentário