Visitas da Dy

segunda-feira, 1 de março de 2021

Perigos

 



São muitos os perigos

Quando se deseja mais que um instante.

Quando deseja vestir-se de céu.

Quando descobre-se o que pode ser.

Quando a vida inteira cabe num poema.


A velocidade do pensamento,

A queda iminente, o querer-ter

E saber o risco do ter,

Do verbo doído que lembra:

Nada se possui.


Experimento uma eternidade sazonal

Que habita em meus braços

Que deseja seus espaços

Que se perde em casa

E se acha em um acaso qualquer.


E, se for de acasos, que seja:

Os caminhos se cruzam

As histórias se tecem

As mãos se entrelaçam

O risco se esquece.


0 Comentários:

Postar um comentário