Há quem sofra de ausências.
O remoer do vazio,
O cheiro do nada,
O hálito do silêncio.
Já eu sofro de presenças.
Aquelas que me habitam
Mesmo tendo distâncias como marca.
E, se me habitam, me preenchem
Trazem seu cheiro de café,
Sua leveza em forma de sorriso,
A pausa que o universo faz
Ao morrer e renascer em cada instante.
Sofro, então, de sua presença
Que tão profundamente me envolve
E, ainda que distante, me afaga,
Ensinando-me novos ritmos.
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