Dói-me a saudade,
Mas, de quê? Não a sei.
Reconheço paralelepípedos de outras ruas,
Frestas em muralhas mais antigas que o tempo.
E meu coração aos pulos e apertos
Como se saísse de um romance
Escrito à pena, da pena de não se viver.
A alma é inquieta, mas, cansada.
Não aguenta mais a falta de profundidades.
Não aguenta mais buscar o quê
Que nem conhece ou sabe.
Nasci anciã em corpo de donzela
E, por vezes, sinto-me como um sino:
Que retine, encanta, chama,
Mas, por dentro, só o som paira.
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