Deixei de esperar as calendas
Que, de novidade, me trariam teus sons.
Às nonas teci longas histórias
Ainda à espera das travessias de terras,
E de tuas triunfais entradas entre as montanhas.
Em meus sonhos eu o observava do alto.
Não por supremacia ou orgulho,
Mas, por sedição, dissimulação de quereres.
Agora, acostumada aos idos
(Já não conto os nomes primeiros, terceiros, quintos),
Reconheço tanto a estação quanto meu corpo:
Fonte de sumos de frutas adocicadas.
Sazonal desejo de águas represadas
De um janeiro a outro dezembro
E continuou à espreita, na janela.
Sei que me chegas.
Não sei se me alcanças.
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