quarta-feira, 20 de maio de 2020
Nostalgia
(Para o querido amigo Jodenir, em 06/05/2020)
Houve um tempo que eu era intrépido:
Sem planejamentos, inquieto,
Com avidez e voracidade pela vida.
Não! Pelo agora! Pelo presente!
Como se desembrulha-lo fosse urgente.
E era. Eu era visceral como toda juventude.
Agora, com tantos tics e tacs somados em meu relógio,
Bebendo o tempo em taças de saudade,
Cresci... Amadureci... Endureci também...
E a consciência me envolve cada vez mais.
E a nostalgia me cai tão bem quanto a voracidade.
O presente ainda me encanta,
Mas, não rasgo mais o seu embrulho.
Eu o desfruto, ao máximo,
Sendo colorido pelos seus cheiros,
Inspirando seus sabores,
Mais humano, mais habitante de mim
Tão vivo quanto antes, mas, consciente do fim.
(E sem teme-lo nem adia-lo,
Apenas vivendo)
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