quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Breu
O breu, o preto, a noite,
A sombra, os olhos fechados,
A escuridão, a saudade,
O perfume distante, a memória ausente.
O eu sozinho no meio de si
Procurando por festa, procurando você,
Traçando estradas de concreto
E asfalto frio: a distância.
O exercício de não esquecer,
Abrir a caixinha das lembranças.
Iluminar a esperança sonolenta
Que lhe busca de rabo de olho
Espreitando o vazio da noite.
Será que do meu nome ainda se lembra?
Será que seus lábios o sabem?
Parece tudo normal. Menos a saudade.
S-a-u-d-a-d-e
Essa vizinha espaçosa que meu peito assola
Mas, no fundo se pergunta o porquê.
Nem ela sabe porque me escolheu por morada
Deve ser por gostar de seus olhos
Assim como eu. Assim, castanhos-breu.
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