Os azuis
enchem os olhos
Tal qual suas
formas enchem meus pensamentos
Desliza a
folha com o vento
Como minha
mão por sua cintura
Eis que
perco-me em sua curva
E nenhuma
paisagem tem mais importância.
Estamos como
que perdidos em vontades,
Labirintos de
desejos, sem Ariadne.
O que falta
para que pouse em meu braço?
Há romãs
frescas sobre a mesa,
Seus encantos
vermelhos invadem a casa
Seus aromas
quentes passeiam ao pé do ouvido
Estendo a
mão, convite para dança...
Ouça o qanum
e se desfaça em transparências
Eu lhe
espero, telúrica visão.
Quando
romperá os limites do tempo?
Eu lhe quero
no desafio de equilíbrios,
Em pontas de
pés e rodopios
Eu lhe quero
moldura em meu pescoço
Porque o
mundo lá fora me cansa
E penso que
só você, personificação do novo,
Trará o cansaço morno e manso
De quem venceu mais um dia.
E eu desenho cenários lindos,
Mas se você não vem,
Nada disso importa aos olhos que miram além
0 Comentários:
Postar um comentário