Só eu era tudo, grito mudo e sem eco.
O nada não reverbera,
Não reflete, não vinga.
Fiquei à míngua,
Lamento e sussurro...
Mas seu nome ainda me assombra:
Pena minha, silêncio meu,
Não falo mais nem ouço seu bom dia.
Calaram-me seus lábios...
Tenho sede de suas palavras.
Tenho fome de seus beijos.
Tenho calafrios nas noites mais quentes:
É a falta que me faz o corpo seu,
A lenha que me trazia para abrasar o corpo
O aperto, antes nos braços, agora é só em pensamento
E ainda assim me invadem emoções.
Ainda assim eu me sinto viva.
Pulsam em mim as mesmas sensações de antes,
Mas agora, definho entre os lençóis
Em que já reinei enquanto você me chamava:
- Minha.
Estou à mercê do tempo
E sequer reivindico uma brevidade
Acostumei-me com o vazio.
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