Pilar de
minhas fantasias,
Derrama diante
de meus olhos,
Seu néctar da
ambrosia.
Padeço de um
não querer
Falseado em
sussurros de querer cada vez mais.
Entrego-me sem
resistência,
Como nau à
deriva no seu mar
Nessas
horizontais linhas
Em que caibo
tão bem.
É nessa cama
que me entendo rio:
Deságuo em
desejos e ais
Que são
cânticos aveludados
Como o toque
que me contorna,
Como as mãos
que me emolduram,
Como os
segredos que me invadem o ouvido.
Sou, nesse
momento, toda arrepios
E,
inconsciente, me fogem gemidos.
Daqui de onde
me deito,
Abrem-se céus
de outono
São
avermelhados seus entardeceres
E estendem-se
as noites contra todo o tempo.
Amanheço à
meia-noite.
Floresço no
inverno.
Ignoro as
estações e suas lições.
Só obedeço
meus impulsos de vulcão.
Estremeço e
experimento a calmaria
Adormeço
aproveitando a companhia
Tenho ares de
quem se sacia
Mas por dentro
ainda não sei o que é satisfação.
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