Toma-me de
assalto essa insônia.
Pouco há de
vida além de minha respiração nesse quarto.
Muito há de
inquietações em meu peito.
Não há paz
quando o pensamento cria asas.
No nada que
vejo há algo de transparente,
Algo que
desfaz os medos antigos.
Algo que cria
medos novos.
Experimento a
vontade de ser e estar
De encantar e
encarar tudo o que estiver por vir.
Pareço criança
que ensaia os primeiros passos.
A criança que
não teme a queda
Até que
acontece a primeira queda e a dor.
Evito que me
conheçam a dor.
Evito que me
olhem em profundidade.
É um misto de medo
e agonia.
Se me olham
demais, me descobrem.
Se me
descobrem, enxergam meus segredos.
Se me roubam
os segredos, serei cofre aberto
E, sem meu
tesouro, vazia, não há razão que me valha,
Não há
contentamento que me caiba.
Entre a
revelação e o oculto,
Ainda pairo
nas incertezas.
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