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sábado, 24 de setembro de 2016

De Assalto






Toma-me de assalto essa insônia.
Pouco há de vida além de minha respiração nesse quarto.
Muito há de inquietações em meu peito.
Não há paz quando o pensamento cria asas.
No nada que vejo há algo de transparente,
Algo que desfaz os medos antigos.
Algo que cria medos novos.
Experimento a vontade de ser e estar
De encantar e encarar tudo o que estiver por vir.
Pareço criança que ensaia os primeiros passos.
A criança que não teme a queda
Até que acontece a primeira queda e a dor.
Evito que me conheçam a dor.
Evito que me olhem em profundidade.
É um misto de medo e agonia.
Se me olham demais, me descobrem.
Se me descobrem, enxergam meus segredos.
Se me roubam os segredos, serei cofre aberto
E, sem meu tesouro, vazia, não há razão que me valha,
Não há contentamento que me caiba.
Entre a revelação e o oculto,
Ainda pairo nas incertezas.

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