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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Enquanto Meu Filho Dorme







Enquanto meu filho dorme, eu o observo.
Enquanto meu filho dorme, eu reparo cada centímetro que cresce diante de meus olhos sem que eu, de fato, perceba.
Enquanto meu filho dorme, meus olhos ficam rasos d’água e transbordo amor.
Enquanto ele dorme, planejo seus dias cheio de amor. Sonho em tirar-lhe a dor (vindoura) e a prolongar-lhe as alegrias.
Enquanto meu filho dorme eu ajunto seus brinquedos espalhados pela casa que passei o dia arrumando e ele, agitação, bagunçou. E o faço com alegria. E brinco com sua espada, golpeando o ar. E empurro seus carrinhos pelas estradas imaginárias que cortam nossos quartos.
Enquanto meu filho dorme, ouço uma música de amor que não consegue traduzir o que sinto por ele.
Enquanto ele dorme, o tempo desconhece as medidas que lhe damos e meu pequeno é, mais do que nunca, livre de toda prisão temporal que assola o mundo dos adultos.
Enquanto ele dorme, faço um afago nos cabelos e sou lançada no tempo, para o momento em que nossos olhos se encontraram pela primeira vez e eu soube que o amor habitava a Terra.
Enquanto meu filho dorme, ouço sua respiração e fico aliviada e grata pela sua vida. E já não tenho dúvidas de que o ritmo de seu coração é o melhor que eu poderei ouvir enquanto tiver forças.
Enquanto meu filho dorme, faço preces sinceras. Renovo a esperança. Desisto de desistir.
Enquanto meu filho dorme, choro de alegria, de medo, de insegurança, de amor e já não sei viver longe da aventura que é descobrirmos um ao outro e equilibrar nossos mundos.
Enquanto meu filho dorme, duvido se sou boa mãe e lhe beijo a testa. Sussurro que o amo, ajeito o travesseiro e o lençol. Sopro coisas lindas em sua fronte, para povoar seus sonhos.
Enquanto meu filho dorme, não tenho certeza se o mundo é bom ou se o final será feliz, mas trilhar os caminhos com ele é a garantia de que preciso para acordar com o sol mais um dia.
Enquanto meu filho dorme, faço poesia. Escrevo coisas que um dia ele vai ler. Escrevo nossos nomes no ar e sei que o amor brinca de dia e repousa à noite nos meus braços, no meu colo e que enche de alegria, tanta que dói.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Lindo! Lindo! Lindo! Posso usá-lo num evento no dia das mães com citação de seu nome e endereço do blog?

Dy Eiterer disse...

Olá!
Pode usar, sim!
Envie-me um mail: edylaneeiterer@yahoo.com.br

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