Que rompa, a
sua boca, o silêncio.
Que declame
meu nome, sua poesia.
Sílaba a
sílaba,
Como prece que
precisa ser ouvida,
Como segredo
recém revelado.
Conte ao vento
seu medo do escuro
Que lhe
ofereço minhas tranças
Para emaranhar
seus dedos
– tramas
suaves dos meus cabelos –
Onde anelo
fogo, sonho e desejo.
Cresça em mim,
que me faço abrigo
Sinta-se em
mim, pertencimento.
E se há algum
lugar para onde ir
Conduzirei nossos
contornos
Até a beira do
fim do mundo.
Lá onde o lume
de seus olhos faz clarão,
Lá onde a
linha do horizonte deita no chão,
Porque serei
eu também luz
Inquieta em
gestos e cores
À procura da
porta de entrada para o seu interior
Onde paro de
contar o tempo,
Onde as
fortalezas escuras da noite
Convertem-se
em abraços
E não já não
haverá a falta.
Rompe, por seu
querer os avessos
Abandona o ontem
e o amanhã
E seja
urgentemente presente
Nos meus dias,
entre minhas mãos.
Rompe o silêncio,
e pronuncia o meu nome:
Nada mais será
estranho ou oco
Preencheremos nossos
vazios.
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