Seja lá qual for o fim,
Seja lá qual for o enredo,
O que temos aqui é a metafísica.
É onde haveríamos de chegar,
E chegamos.
É o que tínhamos de experimentar,
E negamos.
E, insaciáveis, tateamos
Todas as nossas dúvidas.
Fugimos das dívidas mais altas,
Mas pagamos preços imensuráveis:
Qual a moral da história?
Fazemos perguntas sem respostas.
Tentamos proteger a nós e aos outros
Em vão.
Castigamos. Amamos.
Filosofamos em vãs,
Nossas vãs construções.
Oscilamos entre bem e mal
E sequer sabemos o que é um ou outro ou todos.
Somos navios à deriva em mar de desconhecido.
Somos abstenções em plebiscitos
E citamos um discurso branco
E gritamos o vazio
E calamos o silêncio
Meta-fí-si-cos...
Sedentos de um sentido
Sedentos de uma história
Que além de uma moral
Tenha lembranças boas
Que resulte em afagos da memória
Que responda, ao menos uma vez,
Quem somos
Para onde vamos
Onde estamos
E qual o passo que teremos que dar.
O resto... imaginamos que sabemos
E nos embriagamos em nossas próprias histórias
Em nossos próprios mundos
Em nossos egos
E sabemos:
Ego quos amo
Arguo et castigo
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