Visitas da Dy

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Flor de Saigon II





Entre as pedras tentou se esconder
Imersa nas sombras tentou não sorrir
Num breve cálice quis se afogar
Mas por que quis de nós se afastar?
Qual mal fizemos pra ter de aguentar o mundo,
Mais cinza, mais vasto, mais largo,
Sem a cor dos teus olhos e o balançar dos teus cabelos?
Caprichoso o tempo desobedeceu as suas vontades:
Teimou em não se esvair.
Agora ele se deixa passar de leve,
Tentando amenizar a dor, a incerteza,  os espaços.
De leve ele a leva e a traz
Deixando que se perca nos muitos abraços que lhe trazem meus braços
E os de todos que a circundam.
Por ser rara, brilha, entorpece, incomoda.
Por ser cara, é joia:
Guardada na caixinha coração de todos que lhe possuem.
E acredite, bela flor de Saigon,
Poder guardar um pouco do que é
não é, se não, dádiva dos deuses.
É honra dourada em banquete de alegria.
Que as outras flores todas te saúdem:
Elas perdem  de longe pra tua beleza,
E até o sol com sua quentura se envergonha:
Seu sorriso aquece mais que aquelas cabeleiras loiras.
Desabrocha em mais uma primavera,
Mostra tuas pétalas morenas ao mundo:
Ganha mais quem pode lhe admirar.
Ganhamos nós, que podemos lhe amar.

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Para a minha amada amiga, Josi, que vive nas terras mineiras, um pequeno mimo, que não expressa mais do que um pouco do tanto que eu sinto por você.
Um feliz aniversário, minha querida!
E que saiba que, especialmente esse ano, é uma alegria imensa celebrar mais um ano da sua vida!
Que nos brinde com muitos outros, sem desaminar com os obstáculos da caminhada.
Eu te amo um tantão bem grandão, que nem cabe aqui, nem em mim, nem no coração: extrapola os rumos até da imaginação!
Um beijo,
dy

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