Penso alto.
Os pensamentos soam como palavras.
Não sei se alguém escuta.
Planejo alto. Vôos de papel.
Barcos de papel: viagens breves.
Dessas que faço embaixo do chuveiro,
Dessas que guardo dentro do travesseiro.
Mas tenho medo.
Medo de ser um barco à deriva
E esse rio parece tão selvagem...
Como a moça que parece cavalgar com o vento.
Eu tenho medo do Rio...
Da impetuosidade da correnteza
E, então, as invento calmaria.
Calculo estrelas e rotas
E falho. Miseravelmente.
Eram os planos.
Eu já sabia dos erros!
Mas não planejar me paralisa
E eu preciso seguir o curso do Rio.
Ele me convida ao movimento.
Planejo o mergulho
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