Acostumei-me à escuridão,
Aos silêncios, penumbras.
Acostumei-me aos vinhos solitários,
Aos sábados longos e lentos,
Como o fim do Outono.
Aos romances apenas nos livros.
Acostumei-me tanto ao frio,
Que me assusto com o calor que emana,
Com as brasas de seus olhos,
Com suas palavras aconchegantes,
Tão normas e macias.
Com a luz que suas mãos representam.
Como romper esse véu
E descortinar o querer?
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