Nada de lista de desejos.
Nada de nome em agenda.
Pega esse telefone e liga:
Transborda meus pensamentos,
Encha-me com sua voz,
Essa malemolência causa-me
arrepios.
Desista do telefone.
Bata à minha porta.
Invada meu quarto.
Roube meu sono.
Domine aqui, no meio da sala, a
inconstância que eu sou.
Jogue ao vento minha pose de
quem finge o que não quer.
Escancare o que deixei
pré-dito:
Quero.
Vem, ignore o relógio, o meu
cansaço, minhas desculpas.
Ignore a preguiça, minha falta
de jeito, a loucura.
Entre querer e fazer, trânsito!
Ignore os protocolos e as boas
maneiras:
É uma boa maneira de capitular,
De parar de querer e realizar.
Não deixe a desejar o desejo:
Vem.
E me tome com vinho,
Sabor, aroma, intensidade e um
tanto de carinho.
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