Eis aqui meu pensamento recorrente:
Veste-se, ele, sempre da cor do sol poente,
Da hora certeira do encontro de nossos olhares
Ao momento do desfazer-se entre milhares...
Eu era ali estanque,
Ele era passante.
Lá se foi o dia, passado ao meio.
Lá se foi a paz, rasgada em efeito.
E, em noites marcadas pelas suas amplidões,
Experimento quereres organizados em coleções:
O sorvete derramado,
A pipa emaranhada,
O verso não escrito,
A boca enfeitiçada.
Há um tanto de fraude nas paixões cotidianas.
Há um tanto de esperanças no desconhecido.
O que lhe é plausível não me convence.
O que me é cabível não lhe apetece.
Cabe-nos, então, a suavidade do passar
O findo dia e a necessidade dos olhos em se fechar.
Logo surgirão outros ventos,
Outros sons,
Outros.
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