Relâmpagos
cortaram os céus.
Pisquei os
olhos rápido demais.
Um trovão
rasgou meus ouvidos
E na
velocidade do som tive arrepios.
De repente
tudo era um breu,
Meus olhos
fechados.
De repente a
água jorrava
De repente o
vapor subia
Tudo isso me
tomava
Eram ares de
frio e calor
Eram confusões
solúveis em saliva
Eram poucas
explicações em nenhuma palavra
Por sorte eu
tinha suas mãos:
Contornos nos
quais eu me sentia amparada.
O relógio
estava abandonado na sala
Precipitamos
como as nuvens
Desejosas de
um desfazer-se
Reinventamos
verbos e fenômenos
Fomos
naturais.
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