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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Ser Novo




Hoje, ele bebeu o medo.
Alegou que foi direto de meus lábios.
Hoje, ele tocou o medo.
Segundo ele, estava bem na ponta de meus dedos.
Eu, ao contrário, não senti nenhum gosto amargo
Não experimentei sensações frias.
Não tremi com o vento da noite
Nem lamentei o lado da cama esvaziado
Porque ainda me lembrava dele preenchido.
Hoje, ele não soube o que fazer.
Não sabia sequer o que havia provado:
Não era medo o que invadia sua alma
Era a liberdade de suas asas.
Elas não estão mais presas!
E tudo o que bebeu e tocou e provou
Resumem-se a uma palavra: novo!

Então, que aceite seu ser novo, de novo.

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