(Poema para o querido Mário Brasil)
É que hoje eu cansei de ser árvore
Cansei de parar os raios
Cansei de envergar com furacões em copos d'água
Cansei da imagem imaculada de força
Cansei até de ter coragem.
Hoje cansei de ser grande.
Árvore frondosa que lhe cedeu abrigo,
Canto de conforto, tempo-espaço-amigo.
Hoje quero me apequenar:
Vou semente virar.
Vou me regar com o sal necessário e útil:
Um tanto de dor, lágrimas incontinentes,
Outro tanto de labor, o suor de minhas (próprias) construções.
Hoje serei a vontade de brotar.
Nada continuidades
Tudo (re)novo,
Tentar (de)novo.
Tenho o poder da leveza:
Alimento-me de poesia!
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