Em meio a tantas paredes frias,
Descoloriam-se as fantasias.
Tudo o que parecia restar era a
conformação,
Cartesiana como a fome se dá pela falta de
pão.
Como se o frio da chuva não bastasse,
Como se o inverno jamais terminasse,
Todos os casacos do mundo não aqueceriam,
Todos os ouvidos do mundo não ouviriam.
Os ecos das vozes roucas seriam esquecidos.
Poesia já se transformava em coisa de
tempos idos.
Ninguém parecia ouvir os poetas e os versos
choravam.
Ninguém sabia mais amar e as pessoas se
isolavam.
Foi então que uma luz se acendeu:
Na ponta dos dedos o milagre floresceu!
A menina de olhos curiosos e vivos
Encantou-se pelos livros!
Salvou a humanidade:
Livrou-a de
toda insanidade.
0 Comentários:
Postar um comentário