(para ler ouvindo Kanun el Parking)
Onde é que sua vida se liga à minha?
Busco entender nossa conexão,
Onde foi que se encontraram os nossos destinos?
Em em que estação nossas rotas se cruzaram?
Eu era chegada ou os meus dias já se desenrolavam como partida?
Os fios das Moiras se embolaram por que têm vida própria,
Por mero capricho ou, de fato, elas teceram nossos encontros?
Ah, e esses desencontros?
Já são tantos que me acostumei a ter os olhos rasos a cada vez.
Por mais que os ventos soprem à favor,
Por mais que as velas estejam todas em seus devidos lugares,
Há um sem número de extravios:
Entre eu e você,
Entre a palavra e o silêncio,
Entre o meu querer e o que vai ser.
Em que rua vamos nos esbarrar?
Faremos de nossos desvios uma nova rota
Ou voltaremos ao ponto de onde viemos?
Em que momento nossas mãos seguirão dadas?
Ou elas, em breve, estarão apenas espalmadas,
Vagas, vadias, desatinadas?
Na próxima esquina o que faremos?
Seguirei,
Seguirá
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