Visitas da Dy

sábado, 21 de novembro de 2020

Em minhas mãos

 



Sonhei que (re)pousava em seu peito

E, assustada, duvidava da sorte.

Sim, sorte. Das grandes:

Café, livro, seu cheiro,

Um bocado de conversa,

Outro tanto de atenção

E muitas horas passadas

Até eu quase me cansar.

E duvidei da existência desse dia.

Talvez eu não saiba amar

Porque ainda me pergunto

Se ali era mesmo pra eu estar.

Acordei com a agonia dos poetas

Que traduzem-se em versos

E escrevi você entre meus dedos

Pra ver se deixava de duvidar.

Por um momento você estava em minhas mãos.

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