(Poema premiado em segundo lugar no I Concurso de Poesia do Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, novembro de 2020)
Eis que portais se abrem.
Paredes sustentam o passado,
Acolhem o presente,
Como fiandeiras incansáveis
Que falam ao futuro.
As memórias ecoam vivas,
Coloridas, em formas e traços
E fazem a magia do encanto,
Do espanto, do saber:
A História desce sobre nós,
Faz do museu o seu templo,
Faz dos homens um novelo
E os amarra em narrativas,
Tão próximas que quase tocamos.
Tão nossas e deles e dos que virão
Como se pudesse não existir o tempo.
Eis que portais se abrem
Em mostra ou exposição,
Memórias. Construção.
Pedra. Cal. Tinta. Som. Arte.
O fio segue pelo tempo.
Além do tempo.
Ignora os séculos.
Tudo é saber.
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