Eu queria ler todos os seus livros
E caber em cada um de seus poemas.
Morar na sua estante como traça devoradora
E não como um sorriso estanque.
Eu queria saber fazer pausas e respirar.
Queria saber bons modos,
Usar cor de rosa e evitar discussões.
Queria ser aquela obediência morna.
Mas, é que eu gosto muito de abrir cervejas,
Afogar-me no vinho
E, quando dá, acordar ao meio-dia.
E eu não sei se isso combina com sua poesia.
E eu não sei se isso o assusta ou fascina.
Mas, é que eu bebi liberdade
E tomei um porre de ventania.
É que eu gosto de vestidos
Tão curtos quanto minha paciência
E não me demoro onde não caibo.
Então, me diz onde é que eu fico.
Onde é que eu fico nessa história?
Por ora, estou suspensa.
Nem sei ao certo se existo.
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