(Foto: Saulo Otoni - quase primavera)
Quase findo o dia
E a explosão solar acontece
Em alaranjados desejos
Incandescentes,
Como o calor que entra pela janela
E me faz querer tirar o vestido.
Não para o sol, claro!
Mas para o que se deita
No ventre ardente, sedento,
Pronto para se queimar.
Em tons avermelhados,
Como em mediana
Entre meu olhar e a paisagem, o sol,
Tão inalcançável quanto teu corpo.
Não sei qual dos dois me causa mais febre.
A ele, cederia a pele para dourar,
A ti, o corpo a explorar.
Ai, de mim perdida nas montanhas:
Observo de longe tudo o que quero.
Douro pílulas e vontades
E a cada pôr do Sol bebo quereres
E um misto de saudades.
Ainda estamos no fim da tarde...
(Vens à noite?)
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