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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Equinócio






Inebriada no meio da noite,
Com pensamentos noturnos
Tão impublicáveis quanto um Marquês de Sade,
Tão ardente quanto a fogueira de Ostara,
À espera da semeadura,
No exato instante da equidade do tempo,
Quando dia e noite não disputam,
Se entregam.
Inebriada em seus planos,
Buscando palavras,
Versando desejos,
Adormece donzela,
Mas tem sonhos de colheita,
De fruto maduro,
Mordida e sabor.
É o portal sagrado que atravessa e duvida:
Sonha seus desejos ou inventa histórias?
Aguarda a fogueira
E se queima quantas vezes for preciso
O que não pode é calar sua vontade
Capitula aos quereres

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