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domingo, 18 de agosto de 2019

Desalinhavo



Até então, a poesia não tinha forma.E
Eram versos em franca liberdade.
Às vezes, leves, às vezes, pesados.
Livres.
Soltos.
Assustadoramente clarividentes:
Tradutores de muitos de meus sentimentos.
Miseravelmente dolorosos,
Revirando desamores.
Ocos, ecos, ressonantes.
Cada verso em sua unicidade.
Poesia de remendos, mosaicos, ajeitos.
Mas, outro dia, ela, a poesia, chegou.
Partiu-me com o efeito de um raio
Era viva, pulsante, 
De carne, osso e verbo: ação.
Deu-me um bom dia...
E nunca mais houve sossego,
Nunca mais deixei de procura-la.
Em cada par de olhos castanhos,
Em cada sorriso bobo.
Aquelas poesia não sabe,
Mas desassossegou-se a alma
E se não me vem ao amanhecer,
Sigo em sua espera até que beijo a lua
E adormeço sonhos nublados,
Pelas metades, desalinhavados.



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