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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Areias



Então, com a leveza do vento
Que ora soprava os cabelos da menina,
Ora agitava seu vestido
(o de festa e outros tantos),
Ela encheu suas mãos com areia e sonhos.
Ergueu castelos e mundos sem fundos.
Ergueu promessas de pé de ouvido.
Solidificou os sonhos em grãos mínimos,
Mas que juntos aceitavam ser moldados.
Eram castelos, eram desertos, eram mares, eram.
Existiam em si mesmos e por aquelas mãos
E deixavam de existir no próximo instante,
Voando com o vento.
O mesmo vento que os inspirava, os levava.
Grãos...
E a menina ria, e ia...
Seguia afundando os pés nas areias
E brincava de construir e desconstruir seus planos.
Era mais leve que o vento,
Era mais sonhos que a areia
Era mais dourada que o sol
Porque sabia sorrir.
Era sonhadora e caminhante
Em desertos que só existiam dentro dela.
Era bailarina de sua música interior
E gostava do vento no cabelo, no vestido
E dos pés na areia...
Esfinge que finge ser misteriosa
Nas areias tantas que poucos sabem moldar...


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