Tenho um quarto
só de janelas.
Eu as pintei
sem tramelas.
Em cada uma
desenho o que quero:
Todos os meus
sonhos, com muito esmero.
Tenho uma
preferida entre elas:
Enfeitei-a com
estrelas,
Escrevi seu
nome para vê-lo brilhar
Como brilham
os meus olhos quando te vejo passar.
Observo a Via
Láctea e seus pontos luminosos
Penso que são
brilhantes, luxuosos,
Que usaria pra
me enfeitar pra você,
Por mais que
isso possa ser clichê.
Em outra tenho
o sol, raiando entre nuvens de algodão.
Ele fica sempre
ali, livrando-me da escuridão,
Renovando-me,
trazendo a certeza
De que nessa
vida há beleza.
Há uma janela
quadrada,
Por onde pulo
pra voar de madrugada.
Tem uma que é
redonda,
Por onde vejo
o mar desenhar sua onda.
Pelas minhas
janelas colho rosa dos ventos,
Criam asas
todos os meus pensamentos.
Que brincam
nos pontos cardeais,
Não deixando
meus dias iguais.
Minhas janelas
são um remédio:
Livram-me de
todo tédio,
Afastam as tristezas,
Trazem-me
leveza.
Minhas janelas
enfeitam a minha parede
E saciam-me o
vazio, matam minha sede.
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