Visitas da Dy

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Coração Parado



Geou... gelou.
O coração parou.
Era manhã de verão, mas parecia inverno.
Aconteceu de o coração parar.
Parou de se importar.
Não sem dores,
Aos poucos abrandou os amores.
Aprendeu a viver na distância,
Controlar sua inconstância.
Abriu-se um buraco no peito,
Sofreu como se não tivesse outro jeito.
E percebeu que não era de aço,
Desistiu de tanto cansaço.
Aos poucos ele parou,
O ritmo cessou.
Mas o corpo continuou vivo,
Enganando a todos, ativo.
Já não havia rostos por conhecer,
Nem ruas por percorrer,
Nem amor para visitar,
Nem calor para se esquentar.
Era só mais um coração que havia parado
No meio de seu curso, desolado:

Parado de se importar.

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