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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Caminhantes



Éramos passantes comuns
No vai e vem dos dias,
No labirinto das horas.
Éramos estranhos para nós,
E cada um para si mesmo.
Nossas estradas seguiam e se cruzavam,
Mas atabalhoados não percebíamos.
Tínhamos planos parecidos,
Mãos dispostas, pés caminhantes,
Bagagens a serem divididas,
Mas não nos víamos.
Até que chegou a esquina dos encontros:
E nos topamos, nos olhamos.
Com a incerteza que mora em todo coração
Deixamos nossos passos próximos,
Nossas pegadas marcadas na estrada.
Pés que caminham juntos vão mais longe.
Estradas que se fundem são mais longas.
Caminhos partilhados são mais leves e bonitos:
Deve ser por isso que não vemos fim,
Porque seremos caminhantes-juntos

Até que o tempo pare de correr.

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