Não preciso de flores.
Não me venha com cartas,
Bilhetes e afins.
Não fazem efeito.
Não me perco em cores,
Não sonho com passeios em barcas
Ou cenas de folhetins.
Na verdade eu tenho um defeito:
Não espero amores eternos,
Portanto, não me ame demais.
Ou não me ame mais
E escreva nossa breve história em cadernos.
O que preciso é de mãos firmes
De pés companheiros
De olhos brilhantes
Nada disso se acha por aí
São joias raras guardas em corações perdidos
Que vivem em épocas que não são as suas.
Não lido bem com amores grandiosos,
Que podem não caber em mim.
Não lido bem amores pequenos.
Porque se perdem dentro de mim.
Não sei qual a medida certa.
Não busco essa medida,
Mas se é para apostar, que seja com todas as fichas.
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