Porque não há nada melhor que
um banho de mar para lavar a alma, para lavar o rosto e misturar o sal das lágrimas
ao sal natural.
Porque o mar me renova
preciso ve-lo de quando em vez… preciso ter a exata noção de como é ser água,
porque me sinto rio e me sinto mar.
Sinto-me rio de interior,
calmaria aparente, sossego, destino certo: sair das montanhas, desaguar no mar.
Sou esse rio que transcorre as montanhas, desce a serra e busca desaguar num
braço de mar… sou rio que sabe desviar das pedras ou que passa por cima delas. Só
depende do momento, da necesidade. Sou rio de coragem que se joga sem medo no
abismo e se torna cachoeira, bonita de se ver, perigosa de se arriscar.
Sinto-me mar. Salgada. Às vezes
por muitos observada, mas por muito poucos compreendida. Sou mar em dia de
domingo ensolarado, cheio de alegria, de pessoas que o aproveitam e se
divertem. Posso levar a caminhos desconhecidos, a terras distantes, trazer
alegrias que deixam os olhos faiscantes. Posso ser tranquila ou violenta. Maré que
sobe devagar ou ressaca de sexta-feira 13.
Sou rio e sou mar. Atravesso
serras e planícies sem rumo certo, sem direção apontada, mas o destino desse
rio é sempre o mar e aqui está o espetáculo de ser água, de ser eu, rio que desagua
em mim mesma, o mar.
2 Comentários:
Água, tão dispersa dentre de seu espaço, um milhão de formas em um msm molde. E aposto q vc é muito um mar revolto em ressaca nas manhãs dos fds tbm. ;P
Oi, madney!
acho que tenho muito de mar: às vezes calmo, às vezes revolto. pode relaxar ou pode destruir... ou se afogar em si mesmo, talvez...
beijo, querido!
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