Visitas da Dy

sábado, 7 de setembro de 2019

Tempestade




Meu corpo se agita,
Estremece ao trovão que é sua voz.
Ela é o chamado,
A anunciação.
Fecho os olhos diante de sua claridade,
Tem um brilho próprio
Que me atormenta 
E acalma.
Diante desse paradoxo, precipito:
Sou, de corpo inteiro, uma tempestade
E molho seu corpo noite adentro
E causo arrepios
E lhe sacio quando está sedento.
Ainda assim, não me demoro.
Adormeço.
Tento ser calmaria em seu leito.

0 Comentários:

Postar um comentário