domingo, 1 de setembro de 2019
Outra via
Não sou sua ferida,
Mas sou de carne, viva.
Com o calor do sangue,
Com a cor dos desejos
E entre suas mãos,
Sou outra via,
Outra poesia.
Aquela que já recebeu escrita,
Mas que lê como lhe convém.
Entrelaçar de caminhos,
De mãos, de pernas, de sonhos
Cabe seu nome em meus lábios
Cabe seu verso em meu compasso,
Mas eu, que sou de impulsos,
Saberei ser seu ninho?
Saberá ser meu, passarinho?
Por sorte, o céu nos cabe em seu azul
Abriga-nos em seus entardeceres alaranjados
Seremos vagalumes.
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